Suzana nasceu na madrugada de 01 de março de 1980. Ano Bissexto, quase passou a celebrar o seu aniversário em 29 de fevereiro. Doutor Francisco, o médico obstetra, antes de noticiar se era menino ou menina, comentou que o neném tinha covinhas nas bochechas, no plural, uma de cada lado! Curitibana, se formou em Engenharia Civil – talvez por tanto escutar que as covinhas eram tão marcantes que deveriam ser preenchidas com cimento. Fez curso técnico, duas pós-graduações e mestrado, todos na área de engenharia civil.
Seus pais, ambos professores, fizeram dos livros um elemento sempre presente dentro de casa. Suzana e sua irmã mais velha, Soraya, construíram a própria biblioteca dentro do quarto. Juntas, catalogavam as obras, que continham fichas com o nome de quem emprestou, data de devolução e a avaliação do leitor. Assim, conseguiam recomendar a leitura aos primos e amigos.
Incentivada pela mãe, escreveu seu primeiro livro aos oito anos de idade. O feito foi resultado de folhas cortadas na gráfica, redações e a promessa de pagamento por página escrita. O livro rendeu 20 páginas e acendeu uma faísca dentro da pequena Suzana. Aos nove, já era uma autora com duas obras diferentes! “Mas desta vez eu já estava mais esperta, e transformei as histórias em poemas e ilustrações. Pararam por aí os exemplares e o combinado!”, conta.
Apesar de sua área de atuação ser vinculada à matemática e às ciências exatas, Suzana aponta que, para ela, escrever sempre foi algo natural. Campista desde os seis anos de idade, era responsável por escrever os diários de bordo, relatando o dia a dia das viagens, os lugares visitados e as aventuras vividas dentro das barracas, trailers e motorhomes. Metódica, fazia todos na mesma formatação, incluindo fotos e guardava-os em uma pasta de papel de cartas. Quando alguém perguntava de alguma viagem, orgulhosa, mostrava. Era uma jovem escritora que já dava os seus primeiros passos.