Biblioteca Gralha Azul

Ministério da Cultura e Editora ABC Projetos Culturais apresentam:

Suelen Trevizan

Quando residia em Curitiba, onde cursava a faculdade de Jornalismo na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Suelen viu bem de pertinho um dos maiores escritores do Brasil: Dalton Trevisan. A primeira aconteceu em uma esquina, na qual ambos aguardavam para atravessar a rua. Na outra, ela foi obrigada a frear sua bicicleta para não bater no recluso e premiado literato. 

Apesar do sobrenome parecido, eles não guardam parentesco. Nascida em Maringá em 1989, Suelen saiu de casa aos 17 anos para fazer faculdade. Atuou pouco tempo na área e em 2011 ingressou no Mestrado em Literatura. Apaixonou-se pela área, e em 2013, começou a cursar faculdade de Letras. Também fez doutorado em Belo Horizonte, na Universidade Federal de Minas Gerais, e retornou ao Paraná para dar aulas. Lecionou no Instituto Federal do Paraná e hoje atua como professora de literatura na Universidade Estadual de Ponta Grossa. 

Criada em uma casa em que praticamente não tinha livros, ela descobriu o mundo das letras na escola, quando a professora do jardim de infância levou a turma até a biblioteca. Uma paixão que começou quando criança e perdura desde então. 

Quando a família, criada em zona rural, ia viajar, chegava até estranhar o fato de Suelen carregar livros e mais livros na mochila para se distrair. Não tardou para a pequena Suelen começar a escrever as próprias histórias, nas quais misturava o que lia de outras obras com o que a sua imaginação criava. 

Hoje, o desejo da professora em escrever obras literárias parte de uma espécie de “necessidade” e de colocar aquela história no papel. Essa história muitas vezes vem sendo fermentada na mente por um longo tempo – meses ou até anos. Os temas variam: podem ser questões sociais, pessoais ou experiências vividas. “Vai se criando uma inquietação. Costumo dizer que escrevo tentando entender e nem sempre entendo”, conta ela que é fã das obras de Machado de Assis e Hilda Hilst.