Paulo Renato da Silva, nascido em 25 de abril de 1980, é natural de Araraquara, cidade localizada no interior de São Paulo, conhecida como a “cidade cortada ao meio pela linha do trem e que cheira a suco de laranja!”. Paulo queria ser professor e gostava de história, logo, se formou historiador na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “O que me fascina na História é que não estudamos o passado apenas para compreender o presente, mas também para ajudar a transformá-lo”, afirma. Seu envolvimento surge das histórias sobre o passado contada por familiares, principalmente seu avô materno, Mário.
Além de Araraquara e Campinas, também morou em Palmas, onde foi professor da Universidade Federal do Tocantins no campus de Porto Nacional. Depois, mudou-se para Foz do Iguaçu, no Paraná, para atuar como professor de História na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), onde ministra aulas, desenvolve pesquisas e orienta acadêmicos em nível da graduação e mestrado.
Seu interesse pela leitura apareceu jovem, aos dez anos de idade, quando precisou ler o livro ‘A Ilha Perdida’, de Maria José Dupré, para um trabalho de escola. Após isso, nunca mais parou de consumir literatura. “Da mesma autora e coleção eu li ‘Éramos Seis’, leitura que me marcou na adolescência. Eu já gostava de História, mas ainda não pensava em ser historiador. Me envolvi com a saga familiar de Dona Lola e com as demais referências do livro, principalmente com aquelas que discutiam a Revolução Constitucionalista de 1932, tema que meus avós paulistanos comentavam de vez em quando”.
Para Paulo, a Literatura e a História andam juntas. Na História, vasculha-se o passado e as ações humanas a partir de fontes históricas, de rastros, indícios, pistas sobre o que aconteceu ou pode ter acontecido. “Somos meio detetives. Porém, as fontes nem sempre respondem todas as nossas dúvidas e curiosidades”, comenta. Já a literatura, por ser uma forma de expressão mais ‘livre’, transforma-se em brecha para responder as dúvidas e curiosidades, a fim de compreender o incompreensível das experiências humanas.