Nascido na cidade de Ponta Grossa em janeiro de 1965, dez meses após o golpe que instaurou o Regime Militar no Brasil, Élio Chaves decidiu cursar História na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em 1983. Ele se desiludiu com o curso no meio do caminho e resolveu seguir outros caminhos. Cogitou se mudar para Curitiba com o objetivo de frequentar a Escola de Música e Belas Artes do Paraná. No entanto, “também estava envolvido em outros projetos musicais, que atrapalharam um pouco essa decisão”.
Passou a trabalhar nos anos 80 e 90 com publicidade, como arte-finalista e diretor de arte. “Essa atividade me despertou para a área de ilustração. Nessa época, ilustrei jornais, revistas e anúncios de televisão”, conta ele que começou a desenhar ainda na escola. “Depois foi por necessidade profissional”. Além de ilustrador, Élio trabalha com música e teatro.
Para ele, a ilustração é uma forma de escrever um subtexto, uma outra ideia ou um reforço da ideia do texto. “Vejo como uma colaboração com o autor. É uma forma de seduzir pela imagem o interesse da criança pelo livro. Por esse enfoque, ela tem papel de grande importância para uma obra literária. Uma boa capa, por exemplo, tem essa função. Tentar chamar a atenção, como primeira leitura de uma ideia”, analisa.
Élio considera que inserir ilustrações na literatura amplia as possibilidades de comunicação e contribui para um destaque maior das obras. “A força que uma boa ilustração traz, enriquece muito o trabalho final, ajuda o leitor nas suas fantasias e tem o poder de amplificar a imaginação”, salienta Élio, que também gosta de se arriscar em outras áreas, como marcenaria e cozinha.