
Claudia Zippin Ferri é uma curitibana, nascida em 29 de janeiro de 1966, que viveu dois anos em São Paulo, e construiu a vida em Dois Vizinhos. Claudia coleciona títulos: é esposa, mãe de dois filhos, avó de cinco netos, advogada e escritora. Além disso, gosta de fazer mosaico e macramê para espairecer. A carreira no direito ainda é marcada pela especialização em Direito Civil e Direito Processual Civil, e pela atuação no núcleo Maria da Penha, atendendo vítimas de violência doméstica.
Sua relação com a literatura tem uma história singular! Foi a partir do seu pai que ela se aproximou da leitura e da escrita. O pai de Claudia foi melhor amigo de Paulo Leminski na adolescência, e com essa referência paterna, começaram a escrever juntos.
Durante a infância, nas férias escolares, seu pai cobrava uma produção de texto por semana, mas Claudia não gostava de parar de brincar para escrever, então como vingança, escrevia textos mirabolantes e cheios de onomatopeias, que faziam ele rir muito.
Na adolescência, com maior liberdade de escolha literária, conheceu clássicos do terror, a ufologia, quadrinhos (Kripta, MAD), seguidos por obras de espiritualidade. É fã de Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Helena Kolody, Cora Coralina, Clarice Lispector e tantas outras mulheres incríveis – mas sua “deusa da poesia” é Rita Lee. Uma de suas frustrações na literatura foi ter escrito uma poesia para ela (Rita Lee) e não ter conseguido entregar. Depois que a artista faleceu, Claudia mudou o final do texto e fez daquela obra uma despedida.
Ouvir as risadas de seu pai motivadas por sua escrita e imaginação foi a sensação que a fez começar a escrever de verdade. Hoje, Claudia encontra a realização pessoal ao ler um de seus textos para sua neta e vê-la vibrar. Isso a faz se sentir viva: “quase uma Rita Lee das letrinhas”.